A Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta segunda-feira (13) para celebrar o centenário de dom Paulo Evaristo Arns.
A deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que pediu a homenagem, lembra que dom Paulo Evaristo Arns (1921–2016) foi frade franciscano e cardeal brasileiro, e que teve sua trajetória marcada, principalmente depois que foi designado arcebispo metropolitano de São Paulo, em outubro de 1970, por aproximar a igreja da sociedade, trabalhando principalmente pelas populações mais vulneráveis.
"Dom Paulo deu prova desse compromisso inúmeras vezes ao longo da vida. Chegou a vender o palácio episcopal, usando o dinheiro arrecadado para criar centros comunitários na periferia", disse. Erundina lembrou que, ao lado da irmã, a médica Zilda Arns, ele apoiou a criação, dentro da CNBB, das pastorais da Criança, da Pessoa Idosa, e de DST/AIDS. "Em meio à ditadura, ao trabalhar pelos mais vulneráveis, exigia também oposição ativa à tirania", disse a deputada.
Anos depois, ao lado de Jaime Wright, pastor presbiteriano, dom Paulo coordenou o projeto "Brasil: Nunca Mais", até hoje um dos mais
importantes registros das violações de direitos humanos cometidas pelo
governo militar.
Debatedores
Foram convidados para o evento:
- o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado;
- o bispo emérito da Diocese de Blumenau, dom Angélico Sandalo Bernardino;
- o ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo e membro da Comissão Arns, Belisário dos Santos Júnior;
- a presbítera e ex-moderadora nacional da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU), Anita Wright; e
- o educador, historiador e militante dos direitos humanos, Paulo César Pedrini.
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